quinta-feira, 31 de maio de 2012

Não podia não te escrever num dia como o de hoje. Eu não sabia que andavas a fazer essas coisas, que andavas metida nessas parvoíces; eu não sabia de nada. Hoje perguntei a umas raparigas que costumam andar contigo onde estavas e elas responderam-me em uníssono que te tinhas sentido mal e que estavas a medir a tensão; aí o meu coração parou. Elas estavam com um ar despreocupado, mas eu, quando soube disso, fui logo tratar de saber onde estavas e encontrei-te. Entrei na sala, disse “boa tarde” e fiquei uns segundos de pé a observar-te. Sentei-me e pus a minha mão por cima da tua e esse talvez tenha sido o pior momento. Vi-te sentada, sem força para te levantar, pálida e com os olhos fechados. Consegui perceber-te, consegui tranquilizar-te e sei que me ouviste mesmo não me respondendo. Falei contigo e perguntei-te “porque é que andaste a fazer isto? Porque é que nunca me contaste nada?” e tu, quase sem forças para abrir a tua pequena boca, respondeste-me. Eu pensava que eras capaz de me confiar tudo, mas enganei-me. Pensavas coisas que eu achava que nem te preocupavam ou que nem sequer te passavam pela cabeça. Quando te deixei com a tua mãe,  dei-te um beijo e fui-me embora. Quando estavas a andar, bem devagarinho, já sem mim, eu pensei que já podia tirar o sorriso alegre da cara de quem está a dar força a alguém e a tentar fazê-la sorrir. Chorei, chorei e chorei; nunca me saíste do pensamento até agora. Chorei agora no banho, porque sei que as lágrimas se misturam com a água do chuveiro e que não se vai notar; e estão a cair-me lágrimas agora, enquanto te escrevo. Eu adoro-te, muito mesmo. Eu não te quero ver mal, quero que brinques comigo como brincavas. Quero que sejas maluca comigo e quero que te divirtas. Tu és linda! Gorda ou magra, tu és linda. Não te preocupes com coisas que não interessam a ninguém e nunca te rebaixes. Tu és forte e eu também. Vais ultrapassar isto e eu vou estar sempre contigo, nem que, para isso, tenha de não dormir só para te ver sorrir. És linda e o que eu mais quero é ver-te bem. Por favor, para de destruir a tua vida, só assim irei parar de chorar.


quarta-feira, 30 de maio de 2012



Sou só eu e a pequena luz do candeeiro incapaz de iluminar quase nada. Sou só eu e os lençóis azulados que se tornam escuros com a chuva que vai caindo dos meus olhos. Sou só eu no meu pequeno quarto. Nestas noites em que me deito na cama tarde, antes de me envolver num profundo sono, penso em como às vezes me sinto sozinha. É verdade que tenho uma família fantástica, quero dizer, por vezes (muitas vezes) não me compreendem mas se calhar sou eu que não me explico da melhor maneira, mas adoram-me e eu gosto deles duma maneira quase inexplicável;  e também sei que tenho as melhores amigas que podia ter. Sim, porque eu sou muito rigorosa no que toca às melhores amigas... Para mim, a quem eu chamo de melhores amigas, são aquelas que têm de estar presentes em tudo, têm de saber de tudo, têm de guardar segredo de tudo e têm de me ajudar em tudo. Mas bem, continuo a sentir-me sozinha. Acho que precisava de ti aqui ao meu lado, em cima de mim na cama, ao meu lado no jardim e a passear comigo pela escola. Preciso mesmo e o que dói é sintir-me invisível ao péde ti, muitas vezes. Parece que estou escondida e que tu não me consegues ver; por muito que eu chame o teu nome ou, até mesmo, grite por ti. Eu estou aqui, sim? E quero que me venhas abraçar e dar-me a tua mão fria. Só isso. Por que é que não estás aqui? Não me faças chorar mais uma noite, só desta vez. Sai do meu pensamento.

terça-feira, 29 de maio de 2012

Tudo começa com um “olá” e depois dás-me dois doces beijos nas bochechas. Costumamos conversar no tempo que temos antes de o professor nos chamar e, acredita, aqueles momentos para mim são os melhores dos meus dias. Não tenho tido tempo para nada e sei que tu também não, falamos sobre isso. Mas olha, podias mandar-me uma mensagem... Gostas de ver as pessoas sorrir? Se o fizesses, acredita que verias o maior sorriso que já havias visto em toda a tua vida; podia não ser o mais perfeito, nem tão pouco o mais bonito, mas acredita que seria o mais especial, o mais sincero, o mais terno e o mais envolvente. É isso que tu fazes, envolves-me em ti, puxas-me até ti, tens-me dentro de ti. Não imaginas nada disto, nada daquilo que sinto e sobre aquilo que tanto escrevo. Eu gosto de ti, mais do que já alguma vez gostei de alguém e sinto que isto podia resultar. Podias oferecer-me flores, jantar comigo em casa nos dias em que fico sozinha apenas contigo no pensamento, abraçar-me como se nunca tivesses visto uma pessoa na vida, aconchegar-me e reconfortar-me nos teus braços como se não houvesse dia seguinte e só com um beijo fazer-me sorrir. Eu podia ser tua e tu podias ser meu. Entregávamo-nos um ao outro apenas com o compromisso de sermos felizes juntos. 
Eu e tu: Nós. Consegues imaginar? Eu consigo, oh, quantas vezes...


segunda-feira, 28 de maio de 2012

Olá, Imi. Como estás? Consigo ver-te com os teus pelos macios e brilhantes, vejo a manchinha branca na ponta da tua cauda. Uau, continuas linda! Consegues ver a Lua? É por ela que vamos comunicar, pode ser? Bem, acho que chega de perguntas... Estou deitada na cama por cima dos lençóis com o computador no colo e nenhuma luz acesa, tenho a janela um pouco aberta. De vez em quando entra um vento fresco que me enche o quarto de frescura e eu vejo o céu. Consigo ver a Lua, como está grande hoje! Está a fazer-me sinais e eu observo e comtemplo cada movimento que ela faz, são pequenos, mas lentamente vejo-a a aproximar-se. Percebo que quer ouvir o que eu tenho para dizer e peço-lhe que tome conta de ti, Imi. Consegues ver-me? Tens uns olhos grandes, estou aqui! Tenho saudades tuas. Lembras-te daquelas noites em que eu conversava contigo? És a minha mais fiél amiga, limitas-te a ouvir e a responder-me com pequenos gestos de consolo. Cheguei a chorar contigo e tu percebias-me e encostavas a tua cabecinha no meu peito. Quando precisares de mim, manda-me um sinal. Eu estarei disponível para ti como tu tens estado para mim. Quero ter-te a meu lado, vem ter comigo. Tenho saudades tuas, dorme bem. 
Ah, e Lua, cuida bem dela. Confio em ti.


domingo, 27 de maio de 2012

É tarde e ouvem-se os ponteiros do relógio. O meu quarto está vazio, eu estou vazia. Um cheiro interminável preenche o meu quarto, a minha avó tinha feito um bolo havia pouco tempo. Sinto o cheiro a chocolate. Está calor, tenho a porta fechada. Atiro as meias para o chão e acerto perto da porta. Penso nos teus olhos enquanto mexo nas pulseiras. Imagino o teu corpo enquanto coloco livros na mala para levar amanhã. Idealizo-te a meu lado enquanto me deito na cama.Sinto um arrepio, algo bem forte... 
Penteio o cabelo com os dedos e estamos a conversar, numa longa e tocante conversa. Viro a almofada, em tentativa de me refrescar, e já nos estamos a beijar. Volto a mexer no cabelo e ali continuávamos, num interminável beijo repleto de amor, sentimento, carinho e paixão. Sinto o teu corpo e estamos abraçados; colados um ao outro, perfeitamente encaixados. Sabe tão bem, sabe-me a felicidade. Até que me sussuras algo ao ouvido...
“O que disseste?”, digo eu em sobressalto e acordo transpirada até à ponta dos dedos dos pés. Olho para a Lua e sinto-a, sou capaz de a ouvir a dizer-me um segredo. Fico a admirá-la durante longos minutos até que ela se enche de coragem e diz-me: “Foi um sonho, Inês.” Eu deito a cabeça e cai-me uma lágrima para a almofada. Sou mesmo estúpida, porque é que haveria de pensar que algo tão maravilhoso iria acontecer mesmo? 
Perco as forças, volto a adormecer e imploro para não sonhar outra vez.

sábado, 26 de maio de 2012

Eu estou aqui


Eu estou aqui para o que precisares. Sei o que pensas e entendo tudo aquilo que te vai na cabeça. Tento não falar nesse assunto para não te entristeceres, mas hoje tive de te pelo menos dar a conhecer que eu estou aqui para tu desabafares ou, até mesmo, chorares se isso for preciso. Sei que, por seres diferente,  alguns te ignoram e outros chegam a gozar contigo. Sabes que brinco contigo, mas não passa disso, brincadeiras. És boa pessoa e é isso que importa, não quero saber se tens o cabelo comprido ou se tens a cara preenchida com borbulhas... Podes ser feio, baixo e estranho; mas tens um coração grande e um interior muito, mas muito bonito. Sei que estás a passar um mau bocado que há-de durar um tempo e espero que saibas que podes sempre vir ter comigo caso estejas mal, bem, ou até perdido nesses teus pensamentos tristes e longínquos. O ambiente em tua casa deve estar péssimo e cada passo, cada respirar e cada movimento deve fazer lembrar-te o teu avô. Eu estou aqui, sim? Sei que perder essa pessoa que vivia contigo não é nada fácil, mas tu adora-lo e ele sabe disso. Despediste-te e passaste a última noite com ele e ele foi voando até chegar ao céu com o pensamento de que adormeceu a teu lado. 
Força, o maior beijo do mundo.

sexta-feira, 25 de maio de 2012

Oh meu Deus, o desejo de te ter aqui é tanto! Parece que não consigo explicar o que acontece no interior do meu coração quando te vejo. A cada dia que passa parece que gosto mais de ti, oh, tu fazes-me delirar. Já me imaginei contigo imensas vezes, ou melhor dizendo, sempre que me aconchego na cama penso em ti e como a palavra "nós" nos poderia ficar bem. E se passássemos a ser um só? Como seria bonito e como eu seria feliz. Olho para as paredes do meu quarto e para o vazio existente no ar e penso em como tudo seria diferente se estivesses comigo, aqui, aqui comigo. Só a maneira como falas põe-me doida e quando estás comigo enlouqueces-me. Penso em ti a cada segundo, acho que já te respiro, o que se torna assustador. Quando é que te apercebes de que o que sinto por ti não é uma simples amizade?

quinta-feira, 24 de maio de 2012


Tenho saudades tuas, tenho saudades de te ver. Gostava de poder estar contigo como estou com os meus outros avós, gostava que pudéssemos brincar juntos. Quero ver-te, quero tocar-te e quero sentir-te. Eu não me lembro de ti, era ainda muito nova, é essa a verdade. Não me lembro da tua cara que dizem ser bonita nem do teu corpo que dizem ser alto; mas conheço o teu coração, tal como tu conheces o meu, talvez melhor do que eu mesma o conheço. Gostava de me recordar de alguma coisa de ti, mas agora já só te posso ver nas fotografias colocadas com carinho nas molduras lá de casa. Não te posso abraçar como nos meus sonhos nem beijar-te como gostaria de o fazer. A verdade é que já não te vou ver, não, nunca mais; já só te vejo dentro de mim. Penso em ti, a sério que penso, todas as noites e quando quero muito que algo aconteça ou quando estou triste, é a ti que peço ajuda. Sei que agora me deves ver lá de cima, bem melhor do que eu te vejo a ti. Só te vejo na minha cabeça e espero que nunca abandones o meu coração, ou melhor, espero que nunca me abandones. Olha sempre por mim, é só o que te peço, e vai-me mandando sinais. Gosto muito de ti, Avô.

segunda-feira, 21 de maio de 2012

A vida às vezes é injusta connosco, será que nos quer ensinar a ser fortes? Afinal é colocando-nos obstáculos à frente que nós aprendemos a ultrapassá-los; se eles não existessem, tudo nos seria oferecido de mão beijada e não teria graça nenhuma, nem mesmo nós teríamos vontade de viver e de sonhar como fazemos agora. 
Não são só os dias na escola que são exaustivos, há outra escola que me cansa e que me cansa muito mais... Já ouviram falar na escola da vida? Ela tem de tudo um pouco... Tem sorrisos e lágrimas, gargalhadas e soluços, alegrias e tristezas, saudade e muita luta. Esta escola tem-se tornado cansativa, para mim, ao longo deste ano. Eu já aprendi o significado de chorar por alguém dentro dos lençóis, numa noite fria, e com a cabeça enterrada na almofada escorregadia e molhada. Oh, a sério que já aprendi. Eu pensava que já tinha aprendido a viver bem sem ti, mas não, isso nem mesmo lá perto.

Onde andas, príncipe encantado? Estou um pouco perdida.

domingo, 20 de maio de 2012


Vejo a chuva a cair e, com ela, vejo-me a cair também. Oh, como eu gostava de te ter aqui... O que estás a fazer?, será que estás muito ocupado ou será que queres vir visitar-me?. Estou em casa a tentar estudar mas com uma vontade enorme de te ver. Acho que me sinto como a chuva, neste momento, cada vez caem bocados maiores de mim; cada vez que te vejo ir embora, chove dentro de mim. Agora chove a potes lá fora e eu contemplo tudo em cima da cama a olhar pela janela. Estás a observar a água a cair também? Manda-me um sinal, qualquer coisa. Fala comigo. Tiro os olhos do caderno e, quando levanto a cabeça, já tinha parado de chover. "Uau", pensei.

Aqueles minutos passados contigo foram espetaculares, é algo que é para mim inexplicável.
A felicidade com que fiquei quando me apercebi que iamos estudar juntos... Oh, era imensa!
A ansiedade e o nervosismo apoderaram-se do meu corpo, todo, por completo; mas o coração manteve-se no sítio, naquele que é o seu sítio certo, a bater e a saltitar por ti e só por ti, à espera que aparecesses. Quando apareceste, oh, senti uma alegria imensa, senti aquilo que poderiamos ter um dia, aquilo que agora não temos. No fundo, senti-te. Senti-te ao meu lado. Não queria ir embora, não queria que tu te fosses embora; só queria tornar aquele momento infinito.

sábado, 19 de maio de 2012

Tive outro espetáculo hoje, estou morta de cansaço. Correu super bem, estou muito feliz!
Esta semana tenho uma apresentação e três testes, um deles é de matemática, o que quer dizer que vou ter de melhorar o meu 35%... Amanhã vai ser um longo dia de estudo, oh, que seca. Mas, até agora, tenho tido um fim-de-semana incrível a fazer aquilo que eu mais gosto. Como é mais que óbvio: dançar!


E tu? Conta-me como vai ser a tua semana...!

sexta-feira, 18 de maio de 2012


Hoje vou ter um espetáculo de dança à noite, onde vou atuar. Estou super entusiasmada e nervosa, como sempre.
Vou fazer aquilo que mais gosto e não vou pensar em mais nada, vou apenas tratar de me divertir. Espero que corra bem, ou melhor, muito bem! Desejem-me sorte e fiquem a torcer por mim... Um beijinho.

quarta-feira, 16 de maio de 2012

Estivemos juntos. Senti-te, inalei-te, toquei-te, cheirei-te. Já não preciso de te ver todos os dias, porque não há um dia em que não te veja, estás dentro de mim; muito menos existe um minuto em que não passeies pela minha cabeça, estás lá sempre; do coração eu nem falo, os seus batimentos tornam-se rápidos e violentos graças a ti. Se significo muito ou pouco para ti, isso eu não sei... Para mim, és uma pessoa incrível, alguém que idealizo ao meu lado e a única que me completa. És a pessoa certa para mim, oh, como eu te amo. Quantas noites eu chorei por não te ter a meu lado? Só eu sei, porque isso guardo só para mim. Só eu sei o quanto o meu coração bate, quantos sonhos e pensamentos me passam pela cabeça e quantas vezes as borboletas batem as suas asas na minha barriga, quando te aproximas.
Como seria possível não me apaixonar pelos teus lindos e grandes olhos azuis?
Como seria possível  não ficar encantada com o teu sorriso entre esses teus lábios que me derretem?
Como seria possível não adorar o interesse e o carinho com que falas e me ouves?
Oh meu Deus, é difícil. És lindo por dentro e por fora.
Isto é como uma aranha e a sua teia. Eu estou lá e já não consigo saír. Não me consigo afastar de ti por muito que tente. É inevitável. E sabes? É a pensar em ti que eu adormeço...

E as lágrimas de ontem transformarm-se num sorriso, hoje, ao ver-te.

terça-feira, 15 de maio de 2012

Comecei o dia felicissíma! No meu primeiro pestanejar, pela manhã, vi que tinha recebido uma mensagem tua. Não imaginam a minha felicidade: “Oh meu Deus, oh meu Deus. Não posso acreditar!”, dizia eu por volta das nove horas da manhã. Ninguém me ouvia, podia gritar e festejar da maneira que quisesse, e foi o que fiz. Fiquei tão, mas tão contente...
À tarde fui para a escola e, na aula de matemática, recebi uma nota negativa na ficha que tínhamos feito havia uma semana. Ainda não sei como vou contar aos meus pais, só sei que ando com a cabeça noutro planeta, talvez no teu; não sei. “Não posso confundir os estudos, com as minhas parvoíces. Inês, abre os olhos.”, falava eu com as paredes. A minha melhor amiga veio ter comigo, viu que eu não estava bem. Mostrei-lhe a minha nota e ela ficou a olhar para mim, a observar-me. Enquanto eu passava a correção, ela disse-me: “E tu, como é que estás?”, eu respondi-lhe que estava bem, mas com os olhos em água. Pedi para ir à casa-de-banho (para não chorar na sala), fui e caiu-me uma lágrima. Sim, só uma, porque eu sou forte ou tento ser. Respirei e contei até dez, decidi voltar para a sala.
Anda tudo à roda na minha cabeça, faz-me lembrar um carrossel. Parece que cada vez quer entrar mais gente e todos uns por cima de outros, o que me baralha. A minha cabeça está realmente uma confusão, eu já não sei o que pensar, o que sentir, o que fazer... Perdi a noção das coisas e da realidade. Perdi a noção de tudo.
Os meus intervalos também não foram muito melhores... Senti novamente o aperto no coração e as lágrimas quase a derramarem-se, mas equilibraram-se.  Como sabia que não dava para estar sozinha, não chorei.
Parece que tudo me virou costas, tudo fugiu sem eu dar conta. Parece que agora cada dia é pior que o anterior. Parece que fiz algo de errado. Parece que...

Agora estou sozinha, posso chorar.

segunda-feira, 14 de maio de 2012

As noites estão a ficar quentes e o tempo dos cobertores uns por cima de outros já lá vai, agora só e simplesmente um lençól chega-me. Sim, é verdade, já não presico de ti para me aqueceres; mas preciso sempre de ti. Para um beijo intenso, uma conversa carinhosa, sei lá, para uma noite em que os nossos corpos se encontrem e se encaixem na perfeição. Não preciso que me aqueças o corpo, mas preciso sempre, sim, que me aqueças o coração pois és o único que tem ordem para tal.

 
Vem ter comigo, vem. Sabes que moro perto da escola, vem despir-me enquanto eu aperto os cabelos numa noite quente como esta. Podes entrar pela varanda para que não te vejam, ou então, eu digo que vou ter com uma amiga e encontramo-nos na porta... Qualquer coisa, só tens de aparecer.
Anda meu amor, estou à tua espera. Até já.

domingo, 13 de maio de 2012

O Amor...

O Amor... Mas que palavra é essa?
O que escondes atrás dessas tuas poucas e pequenas letras?
És tão falado e admirado por tantos, como também desprezado e odeado por muitos. Tens em ti o melhor de dois mundos. Não gosto quando as tuas amigas Dor, Saudade ou tantas outras vêm contigo, mas quando vens sozinho és saudável e viciante. Existem vários tipos de amor, mas não existe o melhor e o pior; o sim e o não; nem tão pouco o bom e o mau.

Existe sim, eu e tu. O nosso mundo.

A minha prima é uma menina de seis anos. Seis anos, pensam vocês, uma pequena princesa que ainda nem sabe a aventura que é o mundo. Cabelos castanhos e pequenos, olhos grandes e pestanas lindas, um nariz pequeno e fofo, uns quantos dentes a abanar e um sorriso capaz de alegrar qualquer um.
Quando eu lhe pergunto: "Sou a tua melhor amiga?", ela responde-me: "Não. Tu és minha irmã, a minha irmã preferida." E eu, completamente derretida, agradeço-lhe com um abraço e um beijo na testa. É ela que me ouve e me abraça.
Ontem estava triste e ela, como sempre, assumiu o lugar de me ouvir com atenção e de me dar um forte abraço com aqueles seus pequenos e finos braços. 

Obrigada prima, obrigada por seres quem és. Obrigada por seres maluca e te rires com o volume no máximo como eu. Obrigada por me ouvires e obrigada por me chamares de irmã. És a minha princesa. Adoro-te.

sábado, 12 de maio de 2012


Há dias que começam logo mal. Hoje saltei da cama contente no pensamento por ser Sábado, mas depressa tudo isso se alterou...
Fui para o meu treino de dança pela manhã; era cedo, ouviam-se os passarinhos e havia calor. Estava alegre a dançar, até que a Maria (a minha “professora”) me disse que tudo tinha mudado. Tínhamos começado uma nova história em que eu seria a protagonista, quero dizer, uma história em que eu tinha um papel que me agradava bastante.  Mas uma das minhas amigas queria também esse mesmo papel e estávamos indecisas. Ela disse à Maria que tinha chorado imenso quando soube que iria ser eu, então, a Maria dediciu tirar à sorte quem seria.
E adivinhem? Não, não calhei eu. Fiquei sem o papel que tanto gostava e que tanto tinha trabalhado para. Perdi todo o entusiasmo e todas as ideias que tinha tido sumiram-se. Fui para a casa-de-banho, para que ninguém me visse, e cairam-me duas lágrimas mas ninguém se apercebeu.
Mais tarde, a Maria disse-me que a última coisa que queria era que eu ficasse triste ou chateada e eu disse-lhe que estava tudo bem e que não havia problema algum. A verdade? A verdade é que choro e não penso noutra coisa. Queria aquilo mais do que qualquer outra coisa e foi-se. Agora és tu que o tens, aproveita e espero que te divirtas muito.

sexta-feira, 11 de maio de 2012

Há uns tempos atrás tive a terrível notícia de que o rapaz de quem gosto ou gostava (sei lá eu) tinha beijado uma rapariga nas férias. Senti-me horrivelmente mal, ou melhor, senti-me péssima, parecia que estava com uma gripe e com febres altíssimas.
Quando isso me entrou pelos ouvidos, uma tristeza apoderou-se de mim, uma maldade, um enorme desgosto... Tinha dores, assoava-me e chorava.
Soube dessa história enquanto caminhava para as minhas habituais aulas de dança e fiquei desolada. Parecia que me tinham empurrado e que tinha ficado cheia de feridas; o problema é que estas feridas não se curam com água oxigenada, algodões ou pensos. Mas, como sempre, a dança apoderou-se de mim e, por uma hora e meia consegui abstrair-me dessa tristeza que me envolvia. Dancei e, acreditem ou não, alegrou-me. Mas alegrou-me mesmo muito!
À saída, os pensamentos já me tumultuavam o espírito. O preto e a escuridão da noite já se tinham apoderado de mim outra vez. Entrei no carro e conti-me para não preocupar nem a minha mãe nem uma das minhas melhores amigas que ia comigo no carro.
Ao chegar a casa, fechei a porta do quarto, agarrei nos lenços de papel, puxei os lençóis para trás e pensei: "Não posso ser forte para sempre" e as lágrimas correram-me pelo rosto como água.

terça-feira, 8 de maio de 2012

Começa a ficar tarde e já só ouço o barulho das teclas a baterem no meu computador. Está tudo silencioso e sombrio, o que me deixa pensativa. A porta está fechada e o frio do quarto apodera-se de mim, subindo-me pelos pés e deixando a minha pele totalmente arrepiada.
Sinto o desejo de te ter aqui ao pé de mim, a aquecer-me e a acariciar-me na minha cama.
No meu coração estás sempre comigo mas nos meus olhos não. Vejo-te a ti e depois vejo-me a mim; duas pessoas. Dentro de mim vejo-nos numa só. Idealizo-nos num amor tão, tão perfeito quase digno de um filme ou de um livro. Como se fôssemos uma espécie rara e desconhecida e que só nos entendêssemos um ao outro.
Quando chegará o dia em que em vez de caminharmos longe um do outro, tu levas-me contigo na tua mão? Sonho com esse momento e, certamente, irei sonhar agora. Boa noite e sonhem com quem amam.

segunda-feira, 7 de maio de 2012




















Eu devia estar a estudar, tenho um teste de matemática amanhã. Mas, só mesmo para me chatear, há uma coisa que não me sai da cabeça e não é muito difícil de adivinhar o que é. Sim, és tu. Tu que moras todos os dias no meu coração e que sobes ao meu pensamento vezes e vezes sem conta.
Porque é que não me deixas estudar? Porque é que não me deixas concentrar noutra coisa sem ser nos teus lindos olhos? Pergunto-me porque é que me fazes isto...
Hoje não te vi na escola mas amanhã é dia de te ver. Eu estou tão obcecada por ti que já decorei os dias em que te vejo e os que não. Dou-te um beijo e cumprimento-te com um simples e banal "Olá, tudo bem?" e para ti deve ser o suficiente. Para mim, nem chega ao aceitável.
O que o meu coração implora que um dia faças é que me agarres como se eu fosse a única coisa que tivesses; que me beijes como se eu fosse o sabor mais desconhecido de todo o mundo; e que me abraces como se o mundo acabasse no momento em que eu te deixo e caminho para casa. Não é isso que fazes, mas é o que sinto.
Mas o que dói, o que dói mesmo é ter de te observar ir, andando pelas pedras molhadas e escorregadias, deixar-te ir e esperar que um dia me encontres.



Tenho saudades tuas. Tenho saudades de te ver. Tenho saudades dos dias que passávamos juntas a correr por toda a terra, mesmo que chovesse a potes. Tenho saudades das tuas lambidelas. Tenho saudades de te fazer festinhas nesse teu pelo macio e bonito. 
Imi, és a minha cadela preferida e se conseguisses só imaginar as imensas vezes em que penso em ti, acho que te sentirias menos sozinha. Mal posso esperar pelo dia em que te irei visitar... Sim, porque agora vemo-nos muito raramente. Espero que gostes de mim como eu gosto de ti, porque para mim és muito especial. Eu adoro-te Imi e tenho muitas saudades tuas. 

domingo, 6 de maio de 2012

É o dia de todas as mães, o dia daquela pessoa que fez com que estivesses cá hoje. Mãe é quem te viu crescer, dar o primeiro passo, dizer a primeira palavra, ver cair o primeiro dentinho... Não há amor como o amor de mãe, falo por toda a gente como eu que adora e admira quem faz tudo por nós.
Eu adoro a minha mãe! É amiga, muito trabalhadora, conselheira e, muitas vezes, chata. Não, estou a brincar, faz parte do papel dela, não é? É ela que tem a difícil tarefa de me educar e de fazer com que, a cada dia que passa, seja uma pessoa melhor. 
Um feliz dia a todas as mães. 
Mãe, nunca te esqueças de que, mesmo por às vezes ser parva a falar contigo... Eu adoro-te, adoro-te mesmo muito. Tem um dia feliz!

sábado, 5 de maio de 2012


Há aqueles dias em que me sinto triste, ou mesmo que não esteja triste, pensativa. Ponho-me a pensar, quero dizer, a imaginar como seria estar debaixo do braço dele; estar deitada em cima dele; estar de mãos dadas com ele... Eu sei lá, toda a gente pensa nestas coisas, certo? Toda a gente se imagina com quem que ama, com aquele que deseja beijar e abraçar em todos os momentos. Nem sei se quero contar-lhe que gosto dele... Afinal é a única maneira de ficar tudo claro e limpo, não é? Só não sei como, não sei mesmo. Comentem e ajudem-me a pensar numa maneira de lhe contar ou de, pelo contrário, seguir com a minha vida.


sexta-feira, 4 de maio de 2012


Não me posso queixar do dia de hoje, foi fantástico. Estive agora mesmo com o tal rapaz e pássamos imenso tempo a conversar e a rir juntos.

 A verdade é que tento não gostar dele, a sério que tento; mas eu nunca senti isto antes e acho que não se tira da cabeça assim tão facilmente. Estou um pouco perdida, não sei se hei-de continuar assim e contar-lhe tudo num destes dias ou se, pelo contrário, deva desistir e apagá-lo totalmente do meu coração.

Hoje estive com ele e fiquei realmente feliz! Parece que dormi durante dez horas e que tomei um enorme pequeno-almoço, senti-me com as minhas energias em cima de novo. Acho que a única coisa de que precisava neste momento era dele: para me ouvir, para me beijar, para me abraçar, para me agarrar e para me apertar com força, com muita força... 

Enfim, para me amar. Amar-me como eu o amo a ele.

quinta-feira, 3 de maio de 2012

Hoje senti uma alegria enorme, uma felicidade sem fim. Fiquei completamente babada ao ver as pessoas que adoro a fazerem algo que lhes ensinei. 

Senti aquele arrepio que se sente quando algo é bom demais, quando algo excede as nossas expectativas e, depois do arrepio, vêm as lágrimas: lágrimas de alegria. Sim, senti uma lágrima quase a cair, quase a desequilibrar-se, quase a molhar-me ou, até mesmo, encharcar-me o rosto... Mas nada disso aconteceu, apenas me mantive ali, sentada, a contemplar o momento e o espetáculo que tinha à frente dos meus olhos. 

Foi uma sensação única, porque tenho uma enorme paixão pela dança. Assim que começo a dançar, esqueço o mundo, esqueço tudo. Vou para outro lugar, onde tudo é alegre e animado, tal e qual como eu gosto.

Liberto-me, solto-me. Ponho as asas e voo. Voou até onde a música me quiser levar. E eu sigo, acompanho a melodia e encaixo-me num círculo perfeito, onde tudo é cor-de-rosa como nos sonhos. Não existe preto. Não existe escuro. Não existe medo.

Não preciso de parar para pensar, a dança faz isso por mim. Por isso é que lhe chamo paixão, porque é uma coisa que me faz feliz. Ou melhor, é a coisa que me faz feliz.

Dancem e sejam felizes!

quarta-feira, 2 de maio de 2012

Hoje foi um longo dia... Estive com o rapaz de quem gosto, agora, ao fim da tarde. E sim, ele é mesmo lindo! Olhou para mim com os seus grandes e apaixonantes olhos e eu quase que chorei. Consegui cheirá-lo, senti-lo.

Vinha bem vestido e com uma cara bem disposta, cumprimentou-me e conversámos durante algum tempo, não muito. Brincámos e também rimos, foi um bom momento. Para mim é sempre um bom momento, sempre que ele está por perto. Mesmo que seja só para sentir o seu calor ou a sua respiração, por enquanto basta-me.

Mas ele não percebe isto, quero dizer, ele não sabe disto... Nem sequer imagina como me sinto todos os dias e as intermináveis vezes que penso nele. Não, ele não sabe que gosto dele e eu não sei se deva contar-lhe.
A verdade é que somos amigos, não somos muito, muito chegados; mas somos amigos. Para ele é isso que eu sou, uma amiga. O que ele é para mim é fruto da minha imaginação e daquilo que sonho.

Às vezes penso, deverei dizer-lhe?, e sinto-me cheia de coragem. Depois volto ao mundo e a insegurança e o medo apoderam-se de mim. São sentimentos fortes, aprendi isso há algum tempo. É algo que nos puxa para trás e nos impede de fazer aquilo que queremos.

Mas será que impede mesmo?
Ou será que sou forte o suficiente para contar-lhe sem que nada me impeça?


terça-feira, 1 de maio de 2012

Ainda não escrevi sobre amor neste blog, por isso escrevo agora...

Eu não gosto do amor, ele também não tem gostado de mim; mas gosto de escrever sobre ele. Gosto de ver casais da minha idade a passear, a beijarem-se, a abraçarem-se... Sim, acho lindo e invejo aqueles que têm a sorte de se amar mutuamente.

Eu não tenho essa sorte, mas tudo acontece por uma razão... Por isso, talvez esteja mesmo destinada a passar a adolescência solteira para valorizar mais outras coisas como a amizade e a família.
Eu sou feliz. Tenho as melhores amigas do mundo e uma família fantástica. Mas às vezes também estou triste... Sim, ESTOU triste porque não sou triste.

Quando choro, choro sozinha, não choro com ninguém. Já estou habituada. Costumo chorar sobre aquilo que comecei a falar no início: o amor.

Para muitos, o amor é bonito e feliz. Para mim, é assustador e o significado de um mundo desconhecido porque, na verdade, eu nunca o conheci nem nunca ninguém mo deu a conhecer.
Quando escrevo, sonho.
Quando escrevo, viajo.
Quando escrevo, voo.

Escrever é a arte de agarrar numa caneta e passar os pensamentos para uma simples folha de papel.  Uma vida que não é real, mas positiva. Não aqui, mas sim onde vivo quando sonho e imagino um mundo com muito mais cor do que este.

Adoro escrever, adoro pensar em coisas que me façam feliz. Adoro dançar e passar tudo o que sinto através de movimentos.


Escrever é bom, é muito bom! É uma forma de desabafo e de descontração. É uma felicidade que podes ter e que todos podem alcançar. Sonha, mesmo com o que não tens mas que gostarias de ter e verás que serás muito mais feliz. Porque, para mim, na base da escrita está o sonho.