segunda-feira, 9 de julho de 2012

Vencedora do Desafio 1

Olá, boa noite! Após ler todos os textos que me enviaram, consegui eleger a vencedora. É a Marta* do blog http://i-am-dreaming-again.blogspot.pt, muitos parabéns!!
Gostei especialmente desta participação, porque nota-se que todas as palavras são sinceras e que te conseguiste expor totalmente para mim e para este desafio, desvendando obviamente o teu maior medo. Obrigada, Marta, e um enorme obrigada aos restantes participantes que foram muito bons também! Aqui está o teu selo de vitória:


Ora bem, deixo-vos aqui o seu texto que me cativou especialmente:

Desafio - «O meu maior medo»

Inês desafiou os seguidores do blog dela a fazer um texto com o tema «o meu maior medo» e como andava a algum tempo a tentar escrever qualquer coisa nova decidi participar, visto que não tenho tido grandes ideias e a minha paciência também não tem sido muita. Li o tema e agradou-me de imediato, pensei "bom, tenho tantos medos, basta escrever sobre qualquer um deles", mas ao começar a escrever apercebi-me de que afinal nao tenho realmente nenhum medo. Isto dizendo da boca para fora, porque toda eu sou feita de medos, mas é como se quando fosse para os transcrever por palavras, eles tivessem medo de si próprios, medo de se expor ! O único medo de que consigo falar neste momento é o medo de perder a pessoa mais importante da minha vida e aquilo que mais me assombra é o facto de essa perda se dever a uma má escolha. Daqui a pouco tempo vou ter de escolher o que quero para o meu futuro e tenho pela frente a felicidade ou o sucesso, mas ambos em caminhos diferentes e tenho medo de não saber escolher. A felicidade é o caminho que me leva a continuar com a pessoa que mais amo neste mundo, e o sucesso, ocupa o caminho que me levará a fazer aquilo de que realmente gosto para o resto da minha vida. Tenho medo de ir pelo caminho mais fácil e errar, e este é o tipo de erro que não pode ser revertido. Estou farta da minha vida com o rumo que leva mas este é o rumo que me mantém perto das pessoas que amo, que me mantem perto dele mais propriamente. Mas talvez seja bom mudar, tenho impressão de que isto, de que o "nós", nunca vai dar em nada e o meu futuro não pode ser desperdiçado por uma "paixão de adolescência". Sempre tive os pés muito acentes na terra mas neste momento a minha cabeça flutua e não sei se algum dia a vou voltar a econtrar. Tenho medo de o perder, tenho medo de perder o meu futuro, tenho medo de fazer a escolha errada, mas acima de tudo, tenho medo de me arrepender, porque por tudo o que se possa passar na vida, o arrependimento é aquilo que mais destrói aquilo que somos. Eu vejo sempre o arrependimento como a fita-cola, conserta e torna os estragos menores, mas nunca deixa as coisas perfeitas. Se sair á rua e responder que o meu maior medo é tomar uma decisão, provavelmente iria ser vítima de um julgamento social, já comum nos dias de hoje. Sempre fui uma pessoa com muitos medos e receios e isso é também a causa de escrever neste blog com o heterónimo "Marta", acho que prefiro deixar as coisas no anonimato de uma personagem do que enfrentar críticas. Não era suposto eu desvendar o facto de usar um heterónimo para escrever, mas acho que tudo assim se torna mais fácil,  exponho a minha personalidade escrevendo como se fosse outra pessoa e desta forma não serei vítima de críticas ou julgamentos e assim, consigo ultrapassar alguns dos meu medos também. Sempre tive dificuldade em me habituar a sítios novos, a pessoas novas ou a rítmos de vida novos e tendo um heterónimo posso moldar a minha personalidade e ultrapassar o medo de me expor, posso fazer da minha vida aquilo que quiser, basta escrever. Bem, o texto já vai longo e já revelei mais de um medo, já revelei até mais do que devia, mas isso deixa-me feliz, acho que começo finalmente a ultrapassar o medo de mostrar quem sou, o medo de me expor (que acabei de perceber que é o meu maior medo).

P.s.: Faço mais desafios?

segunda-feira, 2 de julho de 2012

É chato quando sou a única a preocupar-me, a única a dar valor ao que fazemos. Com uma atuação tão próxima de algo que nunca fizemos em palco, como é possível estarem todas tão calmas, tão relaxadas, tão despreocupadas? No momento em que era suposto treinarmos e ensaiarmos até a última gota de suor escorregar pelo rosto até ao barulhento chão de madeira, ali estávamos nós; umas sentadas, outras de pé, a conversar e a soltar elevadas gargalhadas. Não entendo, nunca vou entender.E eu, eu praticava e praticava com quem tinha dúvidas e precisava de auxílio e depois treinava eu, tudo aquilo em que me sentia mais insegura a fazer. E agora choro, porque não quero pensar que estivemos tanto tempo a trabalhar e a preparar tudo para que, no fim, saia uma merda. Mas será que sou a única? Será que sou só eu a preocupar-me? Eu tenho um amor àquilo que faço que não sei se conseguem compreender ou interiorizar as palavras que digo. Por isso escrevo, escrevo e choro agora. Só quero que todo este suor valha a pena e que a minha dedicação seja notada. Mas, oh, ninguém parece preocupar-se com isso.