quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Novo blog!

Acabei de criar um novo blog onde irei publicar mais recentemente.
Sigam-me, fico à vossa espera!
http://refugiodesempre.blogspot.pt/


Uma bela surpresa


Há uns tempos, levei para a escola uma antiga carta que eu e e a I. (a minha melhor amiga) tínhamos trocado nos tempos da primária, tinha eu nove aninhos. Oh, como soube bem lê-la! Mostrei-lha e perguntei-lhe se ela tinha guardada a carta que eu lhe tinha mandado também, ao que ela me respondeu que não, que a mãe dela deveria tê-la deitado fora numas arrumações. Confesso que fiquei triste e que esperava outra resposta. Eis senão quando, sou magnificamente surpreendida! Ela aparece com a carta que eu tanto procurara. Percebi, então, que a paixão pela escrita começou desde bem cedo, porque quando adoramos algo, isso já nasce connosco. Ora vejam se é não é uma doçura e um lindíssimo tesourinho! A carta dizia assim:

Olá de novo
Aí, para esse cantinho
Estou de novo a responder-te
Com muito carinho.

Está tudo bem?
Espero que sim
Comigo está tudo
Eu sou mesmo assim!

Ainda bem que és minha amiga
Ainda bem que te conheci
És a minha melhor amiga
Eu sinto muita amizade por ti.

Divirto-me muito contigo
Tu não estás bem a imaginar
Em todos os momentos
Em ti, eu estou a pensar.

I., quero que saibas´
Que és uma amiga especial
Acredita, como tu
Não há igual!

Aqui vai um abraço
E um forte beijinho
Enrolado num envelope
Com muito jeitinho.


E é por isto que ela é a minha melhor amiga, para sempre!

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

A estranheza da tua ausência


É estranho não te ver. As nuvens parecem-me muito mais longínquas agora que partiste daqui para fora. A chuva cai levemente lá fora mas, para mim, cai em forma de pedregulhos que parecem magoar-me à medida que insistem em bater no chão. A enorme árvore já parara de se movimentar, não se manifesta perante esta brisa gelada que tende em pairar no ar já desde bem cedo. E eu, encontro-me aqui, a sofrer silenciosamente, quase ofegante de tanto gritar que te quero aqui. A tua vida vai ser melhor aí, onde estás, foi com esse objetivo que viajaste esta distância imensa. Mas... Não posso esconder que tenho saudades tuas, isso seria errado. Sinto uma certa necessidade de ver aquele teu contagiante sorriso a que tanto me habituaste. Gostava de poder sentir-te de novo, abraçar-te de novo. Ver-te novamente só daqui a um tempo ainda indeterminado, que eu prefiro nem sequer calcular. Só quero que saibas que penso todos os dias em ti! Espero que estejas bem e que sejas muito feliz. Nunca deixes de ser a pessoa que eu conheço e admiro. Adoro-te A., nunca te esqueças de mim.
Sempre juntas.

sábado, 27 de outubro de 2012

Pesadelo

Esta noite sonhei que te tinhas ido embora, isto é, que o céu tinha passado a ser a tua casa. Fiquei claramente assustada, parecia tudo tão real... Como aquilo doeu, e oh, como foi intenso e profundo! Presa à intensidade e força deste tão grandioso pesadelo, chorei e gritei como nunca o tinha feito antes. És o meu pai, o meu maior companheiro e a minha pessoal definição da palavra Homem. Isto deu-me a perceber que eu nunca te posso perder e que és insubstituível. Aqui e agora, a contemplar a bonita conjugação das nuvens e deste tão harmonioso céu, percebo que tu és o meu princípio de vida e o meu grande exemplo a seguir. Não há duas pessoas que tenham mais carinho e afeto um pelo outro do que nós, do que este nosso "amor pai e filha". Desculpa se te dececiono por vezes e obrigada por tudo aquilo que me tens vindo a ensinar, porque eu aprendo contigo todos os dias. Preenches o maior espaço no meu coração e ter-te como pai é um orgulho imenso. Todas aquelas palavras que juntos inventamos (curtos dialetos provenientes de não sei onde) e todos aqueles momentos que só nós sabemos apreciar são, para mim, uma dádiva de Deus. São, no fundo, momentos só nossos. És como eu, dás o maior valor às coisas mais mínimas da vida!, que os outros tendem em menosprezar, ignorar ou até gozar. Obrigada por seres como eu, obrigada por seres igual a mim. Ainda bem que não te foste embora e que tudo isto não passou de um terrível pesadelo, porque quando fores, eu irei contigo. Gosto muito de ti, Pai! Ah, e quando chegar a hora de partirmos, nunca te esqueças que as nossas almas estão sempre juntas.

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Palavras que não digo mas escrevo

Estou cansada e ardem-me os olhos sempre que me esforço para os abrir. Sinto-me doente e um pouco triste, esta é a tão usual hora do recapitular do turbilhão de emoções vivido durante o dia. Hoje senti, mais do que nunca, que pareço não ter importância para ninguém em tantos e variados momentos do dia, parece que estar ali ou não estar pouco vai importar àqueles que me rodeiam. Custa-me ver que parece que perdi a importância que tinha e que pessoas que adoro e conheço há séculos, parecem confiar ou ter mais ou igual afeto por outras que conheceram recentemente do que por mim. Não sinto ciúmes e pareço má pessoa ao dizer isto, mas não me quero sentir como que substituída. Não me interpretem mal, não  me sei expressar muito bem neste assunto de forma a que seja percetível por outros e, como não o sei dizer, escrevo-o. Converto os sentimentos em vocábulos e tento que aquilo que sinto se perceba minimamente. Gosto muito dela, ela sabe, mas não quero que me "roube"  aquilo que já tenho vindo a construir há uma imensidão de tempo. Sou parva, como não lhe digo o que sinto, escrevo-o. Gosto de guardar as coisas para mim e esta é uma daquelas  que se guardam sempre só para nós.

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Forte necessidade de Amor


Este forte vendaval faz com que as árvores estejam em constante movimento, este temporal faz com que a saudade bata bem forte cá por dentro. O tempo influencia-me, sempre foi assim, fico mais melancólica nestes dias chuvosos acompanhados de uma valente trovoada do que nos outros. Há uma certa necessidade de ser feliz com alguém, de encontrar essa felicidade que procuro. Todos parecem estar felizes ou, pelo menos, já terem estado e eu nunca tive nem senti nada assim. Gostava de sentir amor por alguém, de ser correspondida e de ser a pessoa mais feliz do mundo só por ter quem mais amo comigo. Mas não tenho, esta é a verdade nua e crua. Dizem que é quando menos se espera que se conhece o amor, pois, bem, já não acredito muito nisso. Sei que antes disso tenho de aprender a gostar de mim mesma e a ser feliz somente comigo, mas eu sou verdadeiramente feliz e tenho-o sido desde que apareci neste  tão grandioso mundo. Passou já tanto tempo que a verdade é que me fartei um pouco disto, de estar sempre tão só. Sinto-me sozinha, um coração sem-abrigo.
Afasto os piores pensamentos de mim e creio que o céu conseguiu mudar de cores também, como que num gesto de apoio. O céu parece estar azul novamente e sabem porquê? Porque eu percebi que tenho de começar a pensar mais naquilo que tenho e adoro do que naquilo que não tenho. O Sol revelou-se, como por milagre, e, as nuvens, escuras como cinza, decidiram desaparecer. Dito isto, é com um sorriso na cara que me vou agarrar às ciências com unhas e dentes para uma intensa tarde de estudo.

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

É amanhã!


Encontro-me a admirar as folhas daquela grandiosa árvore. Há já tempos e tempos que estou a observá-la daqui. De quando em vez, observo um pássaro a esvoaçar pelo céu escuro que se deixa vislumbrar de bem longe. Estes batem as asas com toda a força que têm e as nuvens, paralisadas, vão-se tornando mais escuras à medida que a aula vai avançando. A temperatura está amena e esta aula parece custar e demorar a passar. O espetáculo de amanhã está a deixar-me nervosíssima e cada batimento cardíaco parece tornar-se mais intenso ao pensar na atuação que vai decorrer naqueles 15 minutos da tarde. Eu vou dançar à escola, aquele sítio terrível onde todos se conhecem e onde todos me vão ver, quer de perto quer de longe. Oh, estou tão nervosa, nem sei em que pensar para não me preocupar com tal coisa... Simplesmente não consigo! A atuação não me consegue sair do cérebro e estou cada vez mais ansiosa. Eu adoro dançar, é a minha paixão, mas a cada atuação que passa, em vez dos meus nervos se atenuarem, não! Continuo sempre no mesmo estado de nervosismo, é um terror. Nunca perco este nervosismo que tanto odeio e que há já tanto tempo me persegue. Odeio ser tão nervosa assim, talvez seja mesmo o defeito que mais detesto em mim. Oh meu deus, eu vou atuar à escola! Só espero que corra tudo bem como planeado e que toda a gente goste, porque está é, de longe, a coisa que eu mais aprecio fazer na vida.
Desejem-me sorte Anjinhos, prometo voltar e contar tudo. Mas têm de torcer por mim durante toda a tarde!

domingo, 21 de outubro de 2012

Estou fria, por dentro e por fora. Sinto arrepios a cada minuto que insiste em passar e uma chávena de chocolate quente saber-me-ia mesmo bem. Este é um tempo que desconheço. Preciso de me movimentar para me manter minimamente aquecida, visto que a casa está fria e parece não querer aquecer. Encontro-me perdida entre paredes intermináveis de melancolia que não se deixam sumir por si mesmas, escondida num nevoeiro e atrás de nuvens mórbidas de cansaço.  Gostava de saber definir o que sinto... Talvez seja um sentimento de solidão e uma tal necessidade de receber afeto que me consome e congela por dentro, ou talvez seja apenas uma parvoíce minha. "Já está na altura de teres um namorado", esta é a frase que insistem em dizer-me sem pensar que me pode magoar e quebrar aos poucos. Eu sei que me compreendes I., melhor do que devias. O quanto eu gostava de ter alguém especial sempre a meu lado, um "mais-que-tudo" que insistisse em estar sempre comigo. Às vezes sinto que só preciso de um abraço atencioso, um beijo ou uma simples demonstração de carinho e é essa pessoa que falta no meu coração agora vazio e fragilizado. Alguém que se tornasse num pedaço de mim, aquele que a A. cá deixou depois de partir para fora do país. 
A questão que se impõe é: Será que és tu esse alguém? Já procurei a resposta perto de mil vezes, mas não a consigo encontrar, já a procuro há longos períodos de tempo. Eu já não gosto de ti, não é? Já te tinha esquecido. 


Entre desabafos já surdos de tanto chamar por ti, não me consigo encontrar. Estou completamente perdida.

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Encontras-te online neste preciso momento e a necessidade de abrir a tua janela e de ver, como por magia, aparecer algo torna-se incontrolável e até sufocante. A verdade é que descubro-me no teu perfil imensas vezes, mais do que as que seriam devidas, à espera de encontrar mais explícito o que fazes ou aquilo em que pensas, em vão. Acho que quero passar mais tempo contigo, não sei. Quero que fales comigo, que desabafes como fazias antes sem qualquer preconceito. Eu ouvia-te e tentava sempre proferir qualquer coisa que fosse do teu agrado e que te servisse de consolo, mas claro, com aquele meu pensamento interior e profundo: "Eu gosto de ti N, será que não percebes isso?". Escrever tudo isto custa-me, perco-me nas palavras só de imaginar o teu rosto ou o teu corpo próximo do meu. Sinto-me, instantaneamente, sem força nos dedos só de relembrar as noites em que chorei e desejei que não existisses. O que sofri, o que escrevi... Sempre sem cair, firme que nem um fóssil. Mantive-me de pé, mesmo com algumas feridas que doeram e prometem perdurar, como me vou manter para sempre. Hoje conversámos mais do que nos últimos dias e eu fiquei feliz com isso, senti-me como que realizada e alegre de verdade. O professor pediu-nos que formássemos pares e juntou-te com ela, já que estão sentados frente a frente. Pensei, repentinamente: "É preciso ter mesmo azar! Ela? A sério?". Nem consegui perceber e acatar aquilo que a M. me dizia, estava tão mais concentrada em perceber a conjugação de palavras que saía da tua boca... Focada em ti, nos teus olhos e no teu bonito e contagiante sorriso. Sempre que falei, observaste-me e sorriste, eu reparei nisso e só desejei que aquele momento não terminasse. Adoro quando sorris para mim e te ris comigo em uníssono. Este ano não me tens dado tanta atenção, não temos sido atenciosos um com o outro como fomos em tempos. Lembras-te de quando estudámos juntos? Eu lembro-me. Foram poucos os minutos que passaram, mas oh, pareceram-me milésimas de segundo. Queria poder ficar ali contigo, paralisada naquele momento e poder contar-te tudo o que sinto. Será que ainda nos vamos aproximar ou este ano já não vamos ser tão bons amigos como dantes? 
Tenho saudades de falar contigo, apesar de prever que não sentes a minha falta.

quarta-feira, 17 de outubro de 2012


Consigo ouvir a chuva a cair lá fora e este barulho serve-me de ambiente. A chuva bate com força nos passeios da rua e quase que a inunda por completo. Inunda-me também a mim de melancolia e de um sentimento que não consigo nem quero denominar. O temporal faz com que pensemos nas coisas menos boas que todos nós temos e passamos. Isto faz com que o meu pensamento se concentre nele e naquela mensagem de ontem, que me fez fechar os olhos e sonhar durante breves segundos, ao idealizar o que é que ele me teria escrito. Surpreendida, percebi que a mensagem era uma simples corrente, daquelas que por todos passam... Que desilusão!, pensei mesmo que ele me quisesse dizer alguma coisa, não sei o quê, mas algo. Eu já não gosto dele, mas ainda sinto aquela ligação que une o meu coração ao dele, mesmo que eu não o pretenda. Sinto-me sozinha, como que se me faltasse algo, vazia. Parece que sinto uma forte necessidade de receber carinho, coisa que nunca recebi. 
Consigo imaginar como irá ser a aula de hoje, o N. e a rapariga nova vão estar sempre a trocar vocábulos que eu sei que me vão magoar e destruir interiormente. Não, eu não quero ir, não hoje. Não me apetece minimamente vê-los, nem a ele nem a ela. Só espero que hoje  não estejam tão próximos como naquele dia quente que, para mim, se tornou rapidamente gelado. Como o dia de hoje está bem chuvoso e fresco, espero que aconteça precisamente o oposto e que passemos, eu e ele, bons momentos a conversar, porque com ele as conversas são sempre maravilhosas.

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Curtas palavras de força

Hoje pensei muito nas pessoas que se denominam como inválidas que, pelos motivos  mais variados, se encontram numa cadeira de rodas até ao fim das suas vidas. A verdade é que a vida tem coisas muito boas que nos deliciam e nos fazem sentir orgulhosos de existirmos neste mundo, mas tem também outras muito más, capazes de destruir qualquer um de nós. Estar numa cadeira de rodas é o equivalente a passar uma vida inteira paralisado, como que hipnotizado, sem mexer um único músculo que seja. Um simples pestanejar torna-se tanto e uma breve respiração é como uma bênção de Deus. O sofrimento que estas pessoas sentem alcança a escala do inimaginável e a angústia com que vivem e têm de lidar diariamente é dura e cruel. Dou muito valor às pessoas que têm a coragem de lutar, todos os dias, contra esta terrível tragédia e de sonhar. Dou valor a todos os dias que passam, a todas as pessoas que me adoram e a todos os sentimentos que se encontram adormecidos em mim. Dou valor, sim, e muito. Agora já é percetível o porquê de eu estar sempre a sorrir? Temos de levar a vida assim, felizes, se não ninguém a levará por nós e há-que aproveitá-la da melhor forma possível. Para todos aqueles que se encontram sentados numa cadeira de rodas neste momento, desejo-vos as minhas mais sinceras palavras de força e que nunca percam a vontade de continuar!

sábado, 13 de outubro de 2012

Príncipe?


Há já algum tempo atrás, uma grande amiga proferiu-me a seguinte frase: "Eu sei o que é o amor, porque já amei e fui amada". Bem, ela não tem na ideia, de todo, que esta simples junção de palavras criou um tão grande e duradouro impacto em mim. Deixou-me com ainda mais vontade e desejo de descobrir o que é o amor e o que este me reserva. Encontrei em mim a vontade de descobrir alguém e que me descubram a mim também; que nos descubramos juntos! Não sei o que é ser amada, não sei o que é ter alguém a meu lado com vontade de ajudar e de dar e receber carinhos. Nunca tive nada disso e é isso que sonho, um dia, vir a ter. Sou uma pessoa extremamente romântica e fascina-me ver casais de mãos dadas, de corpos entrelaçados ou apoiados um no outro como se fossem um só corpo repleto de doçura. Todos os dias sonho com o príncipe encantado e sou uma eterna criança. No fundo, sou uma alma por descobrir perdida nos confins deste nosso Mundo. Há-de chegar o meu dia, não é? A minha vez de ser feliz! Até lá aguardarei e quando me sentir total e inteiramente realizada, irei ser capaz de repetir os vocábulos anteriormente referidos por uma outra boca: "Eu sei o que é o amor, porque já amei e fui amada".

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Até já, A.

As lágrimas escorregam-me pela face e eu já anseio que tu voltes para próximo de mim. Não quero que vás, não quero que me deixes agora. A ideia da tua partida, que parecia tão longínqua,  parece que chegou e aterrou-me no coração com toda a força possível de imaginar. Foi o nosso último abraço e foram as últimas palavras que proferimos uma à outra. Desejei-te boa sorte vezes sem conta, mas só queria abraçar-te e sentir que a ideia de te ires embora era apenas um enorme pesadelo. É a realidade e a verdade é que é mesmo assim a vida, tu vais-te embora. Quem me dera que pudesses ficar e permanecer aqui, neste que é o nosso tão adorado país. Doeu muito ter de largar a tua mão e deixar-te sozinha num caminho que ambas desconhecemos. Queria que voltasses e ainda nem no avião te encontras.
O lápis no caderno já começa a falhar e a vontade fazer algo já desaparecera havia muito tempo, o simples ato de pestanejar já me custa e requer uma força que não tenho. Vou deixar-me ficar aqui, paralisada, à espera que toda esta tempestade se vá embora. 
Já cheira a despedida, a trovoada e a melancolia. Cheira a dias sem ti que eu desejo que terminem e foi ao dizer: "Gosto muito de ti, nunca te esqueças de nós", acompanhado do abraço mais intenso que já sentira, que nos despedimos. Aqui ou aí, estamos sempre juntas.


quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Só quero abraçar-te e sentir que ficas aqui, connosco, para sempre. Não vás.

A distância a que o céu se encontra

As palavras proferidas sobre ti, cá em casa, são poucas ou quase nulas. Gostava de saber mais sobre ti, tudo sobre ti, como tinha sido a tua vida e a pessoa que foste ou és, porque acredito que ainda estás aqui. Consigo acreditar que, quando admiro a beleza da Lua ou das estrelas, que tu me admiras a mim, ali, naquela minha pequena varanda do quarto. Se estivesses cá comigo... Oh, nem sei como seria! Viverias, agora, com a minha avó e ela não estaria tão sozinha neste momento. Queria muito poder adorar-te como adoro os meus outros avós e a verdade é que adoro, apenas não te vejo. Consigo sentir o coração a bater fortemente sempre que penso em ti, a barriga a mover-se interior e invisivelmente e um sentimento consome-me da cabeça aos pés, que se faz sentir do lado esquerdo do meu peito. Tantos são os momentos que eu gostava que fossem possíveis de acontecer... Poder abraçar-te ao entrar em casa é um dos meus maiores sonhos, mas esse sei que nunca vai ser realizado. Até ir ter contigo, espero que me tenhas sempre no teu coração.


segunda-feira, 8 de outubro de 2012

A hora da partida

Estás-te prestes a ir embora e há uma certa frieza que me consome interiormente. Eu sei que és forte e que te vais acostumar a tudo o que haverá de novo na tua vida. Quero estar contigo, quero dizer-te o quanto gosto de ti, sinto que... preciso disso. De certeza que não fazes a menor ideia de que isto me está a afetar de forma tão brusca e difícil como, realmente, está. Quero que me leves sempre contigo e que deixes um pedaço do teu ser, cá, connosco, com os teus primeiros e eternos amigos. Oh, e que isto seja eterno!, que esta amizade nunca termine e que nunca se afogue em tantos rios de maldade que por aí andam. Esta tristeza e saudade antecipada estão a tentar consumir-me e eu não posso deixar que isto aconteça. Eu admito: sou frágil e tudo o que sinto é intenso. 
Nunca te esqueças de mim, porque eu de ti nunca me esquecerei. Agora já dou importância à tão famosa frase: "Só valorizamos as coisas quando as perdemos", que é o que me vai acontecer. Gosto muito de ti A. e, estejas onde estiveres, eu estou contigo.



P.S.: Têm alguma ideia de algo que eu lhe possa oferecer para que ela nunca se esqueça mesmo de mim? Algo que ela possa olhar e recordar-se, instantaneamente, de mim. Já dei voltas e voltas, mas não encontro a solução. Escrevam-me e ajudem-me. Conto convosco!

sábado, 6 de outubro de 2012

És aquele de quem eu mais me orgulho. És quem mais alegria me dá ao ver a impressionante evolução que tens tido e o caminho que escolheste percorrer. Hoje fizeste-me uma surpresa lindíssima, sobre a qual, desde já, eu não estava nada à espera. Já não estava contigo desde segunda-feira e tinha pensado em ti há próximos segundos, até que tocas à minha campainha e me surpreendes. Vislumbro-te e observo a pessoa que és realmente, aquela que esteve escondida durante todos estes tempos. Um homem alegre, sempre a sorrir e a soltar breves gargalhadas de minuto a minuto, capaz de alegrar qualquer um com os seus simples passos de dança. Com o coração bem quentinho, tenho o maior orgulho do Mundo em poder chamar-te "Avô". O teu progresso contra esta enorme e difícil luta tem sido inimaginável e eu nunca pensei que fosses capaz de tudo isto que tens conseguido. És grande Avô, muito grande mesmo! És um exemplo de coragem, humildade e força que todos nós deveríamos seguir. Eu sigo-te e seguirei todos os passos que tomarás no resto da tua vida. Pelos milagres que tens conseguido mereces tudo de bom. Hoje, poder ver-te já a dominar novamente a capacidade de condução, foi algo que me levou a passear por Marte, Júpiter e até Saturno; uma felicidade de tal imensidão que nem neste planeta poderia caber. 

E aquele teu grande sorriso... Fazer-me-á sorrir, a mim, até ao fim dos meus dias. Adoro-te muito.

Já não penso tanto em ti, acho que te estás a apagar de mim aos poucos. Eu pensava que já te tinha esquecido, mas, ver-te novamente, suscitou algum sentimento em mim. O que sinto por ti está mais fraco e já não tem aquele impacto que não me deixa pensar noutra coisa se não tu. Consigo divertir-me e passar algumas horas sem me vires ao cérebro sequer; mas também tenho aquelas horas mais difíceis... À noite, quando estou sozinha, é só um exemplo. A vida é assim, não é? Não me és indispensável, mas sinto-me bem a teu lado. É algo que não sei explicar, nem sequer escrever. Sei que me emociono quando penso em ti e sei muito bem que és uma pessoa boa. 

Só gostava de um bom romance como leio nos livros. E sim, acho que tens razão I, sou uma pessoa mesmo romântica. Mas para quê? Se não há romance, de que vale ser a pessoa romântica que sou?

quarta-feira, 3 de outubro de 2012


Andei super nervosa e ansiosa para que este momento chegasse. Não sabia o que me esperava nem fazia a menor ideia do que estaria para vir. Mas aqui vai...
Quando cheguei ainda tu lá não estavas e eu dizia as primeiras palavras tentando formar conversas entre mim e aqueles que me eram ainda desconhecidos. Ansiava por te ver e por te poder tocar e, tarde, acabaste por chegar. Subiste a escadaria com aquele teu ar simpático característico e deslumbraste-me com dois suaves beijos nas bochechas. Ao virar a cara, tocámos com os narizes um no outro e eu ri-me, fascinada com a tua simplicidade. Quando eu menos esperava, percebi que havia um certo clima entre ti e a C (rapariga nova que tinha entrado para a nossa turma). Estavam, constantemente, a proferir palavras um para o outro que me magoavam à maneira que iam chegando até mim. Falavam como se já se conhecessem há imenso tempo, mas não, nada disso. Contive-me e consegui não chorar, embora vontade não me faltasse. Não ia chorar ali, à frente de todos! Optei por fazê-lo no caminho para casa, quando um resumo daquilo que tinha acabado de acontecer me corria pela cabeça. Ah, já me esquecia! Ele ainda tem namorada, sim. Tudo isto num só dia, dói; até num mês isto havia de doer. E a verdade é essa, dói mesmo. Será que ainda gosto dele? Não, eu não posso. 

O que me apetecia agora era um passeio pelo campo como há tempos não faço, saberia-me tão bem e livrar-me-ia de todas as coisas más que gravei hoje dentro de mim. Como não o posso fazer, contento-me com a minha pequena varanda e fico a contemplar o céu e a Lua que não vejo, mas sinto.

terça-feira, 2 de outubro de 2012

Olá seguidores(as)! Já cá não vinha havia uma eternidade! 
Senti vontade de regressar e de vos expor aquilo que ando a sentir. A partir de hoje, espero começar a escrever aqui, neste meu cantinho, de novo. Esta mensagem serve só e simplesmente para anunciar o meu regresso... 
Espero que estejam felizes, porque eu estou muito! Um beijinho grande, Inês.