
Hoje és inverno e lágrimas de borboletas deixadas cair na infinidade de uma noite. Parece mentira, ainda - dizias-me com os teus olhos enormes e escuros de quem esconde um mar de dor. Trazias um ar cansado e falavas pouco, somente quando te questionava. Liguei o rádio para ver se sorrias, em vão. Cantavas poemas num só pestanejar e levavas-me contigo sempre que optavas por não dizer nada. Vai ficar tudo bem, acredita em mim. Tens uma estrela a olhar por ti todos os dias e, oh, não verbalizes que não fizeste tudo o que devias ter feito, porque és maravilhosa. Espero que nunca te aconteça nada - dizias-me num suspiro. E eu espero que a tua dor termine hoje - respondia-te. És uma melodia de bondade, um pedaço de mel e, agora, um suspiro triste de inverno. Adormeceste e eu rezei para que ficasses bem, pois era tudo o que eu mais queria. Dói-me saber que estás nesse estado sombrio e lastimoso e que não pude contrariar nada do que se sucedeu. Tenho os olhos inchados de imaginar a tua agonia e de chorar noites sem fim. E a Lua segredou-me que a pequena estava a adorar-te no seu tórrido colo. Vais voltar a sorrir. Eu prometo.
A minha história é complicada, muito complicada. Ele já ignorou imensas coisas que já fiz por ele e tenho medo que o faça também agora. Tenho medo de não obter nada dele como sempre :s
ResponderEliminarTenho medo, muito medo Inês. Mas tentei liga-lhe agora e tem o telemóvel desligado para variar :s
ResponderEliminarQue lindo :)
ResponderEliminarHá que encontrar beleza e sabedoria (e um dia força) na tristeza*
Força :)
Adoro tudo aquilo que escreves.
ResponderEliminarAté me arrepiei ao ler isto :) escreves muito bem!
ResponderEliminareste texto deu-me um conforto, fez-me bem ler isto.
ResponderEliminarobrigada :D
ResponderEliminaradoro tudo o que escreves, é de comer e chorar por mais
ResponderEliminarLamento desiludir, mas falei com uma gaija :)
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