terça-feira, 9 de abril de 2013

Dois corações

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Voavam como dois pássaros
De asas postas a medo,
Murmuravam amor aos ouvidos
Vocábulos de quem se ama em segredo.

Ali estavam estendidos
Mergulhados nos rios de Deus,
Humildes como quem sabe
De cor tais corpos seus.

Olhavam-se como quem escreve
Cada pormenor dos seus olhos,
Despiam-se num calor solene
Eram cartas escritas aos molhos.

Passavam noites a fio
A beijar rosas sobre o corpo
Na doçura de quem só conhece
As ternas almas um do outro.

Ela vivia antes escondida
Morrera cem vezes por dentro
Agora dançava feliz
Só com ele no pensamento.

13 comentários:

  1. céus, que maravilha de poema! lindo, lindo! e a primeira estrofe... parabéns, está mesmo fantástico!

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  2. mais uma ternura para o coração; quando aquilo que era um corpo sem vida encontrou braços que o reensinassem a dançar. "Olhavam-se como quem escreve / Cada pormenor dos seus olhos", apaixonei-me por isto.

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  3. és um doce e aqueces-me com as tuas palavras ternas, sabes? foste tu que escreveste? está lindo, lindo, lindo!
    "Passavam noites a fio
    A beijar rosas sobre o corpo
    Na doçura de quem só conhece
    As ternas almas um do outro."
    adorei mesmo, beijinho!

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  4. Como gosto da forma como te expressas e como gosto de tu, pequenina.

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  5. vou vir muitas vezes, acredita princesinha. fizeste-me delirar com estas palavras que escreves, és uma ternura!

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  6. que amorosa, obrigada pelas palavras e pela força, és um doce de pessoa. e encantaste-me com este maravilhoso poema

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Escreve aquilo que estiveres a sentir neste momento.