domingo, 31 de março de 2013

Sentimento que persiste

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Ouvia-se o cantarolar das cigarras ao passo que se pressentia o sussurrar das folhas em toda a cidade, a Lua atingia o auge no céu enquanto corações dóceis sem dono, ainda acordados, aguardavam que esta lhes segredasse um vocábulo de alento.
Ali estava eu, sentada no imenso banco de jardim, quase adormecida com a simplicidade e perfeição das infindáveis estrelas. Os olhos captaram breves laivos de luar e, por momentos, interroguei-me se ele sonharia ainda comigo. Deixei-me inundar por pedaços de noites de amor memorizadas, beijos trocados no segredo de um olhar e palavras outrora proferidas por lábios doces de poeta. Tudo era passado até então, mas estar recostada no banco onde nos costumávamos abraçar durante horas fez-me recordar a sua alma. Era fácil abstrair-me de todo este sentimento quando me encontrava fora da cidade, mas as letras do seu nome permaneciam escritas no meu coração e não pareciam querer de lá mais sair. O difícil era decidir se havia de não pensar mais nele ou se, por outro lado, havia de amá-lo para sempre.

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