
Tinha o doce hábito de lhe escrever desde o dia em que se apaixonara por ele. A primavera começara mais cedo, assim como os suspiros de amor. Passeava pela cidade como quem tem as tantas tulipas de jardim como amigas e o por-do-sol parecia-lhe mais belo a cada dia que passava. O sol acordava-a com um suave toque nos cabelos e a lua deitava-se com ela no segredo de um sorriso que se esboçava quase inconscientemente todas as noites.
Mas, certo dia, os melros terminaram as suas cantigas de sábado à tarde e os céus de angústia se encheram. Quase sem dar por nada, ela já mergulhava os cabelos escuros nos tantos versos que chorava. E era incapaz de falar, quase como se o mar lhe tivesse levado as palavras da alma. Oh, e o quanto ela gostava de escrever! Era letras em dias que não chovia e danças quando se sentia em casa. Mas ela amava-o demasiado e ele dissera-lhe que era poeta e possuidor de uns olhos tão belos que relembravam o mar e as estrelas. Doces olhos esses que a fizeram crer em todos os contos que a avó lhe contara e agora cair e tornar-se num só pedaço de alma quase vazio. Já não sentia nada, só Deus sabia quantas vezes ela ficara sem fôlego só naquela noite das tão aterrorizadoras lágrimas que chorara. Porque ela queria odiá-lo, mas de tanto o querer, amava-o sempre que o Sol se punha.
"Porque ela queria odiá-lo, mas de tanto o querer, amava-o sempre que o Sol se punha."
ResponderEliminarOh, doce inês... que pudesses sentir o aperto de um abraço meu...
Ai meu amor. Quem me dera poder estar aí.
ResponderEliminarobrigada ! :)
ResponderEliminarAdorei como sempre!
ResponderEliminarEstá fantástico este teu texto :)
ResponderEliminartu encantas-me, a sério.
ResponderEliminarobrigada
tenho a certeza que sim
ResponderEliminarvi e revivi a minha história em cada entrelinha!
ResponderEliminartalvez não seja totalmente bom, pois não são assuntos propriamente "felizes". mas é sempre bom ter alguém com quem partilhar certas coisas :)
ResponderEliminaré mútuo!
eu neste momento não posso estar muito atenta ao blogue, porque estou a estudar para os exames, desculpa!!
ResponderEliminarpara ti também :)
ResponderEliminarmorria de saudades deste teu cantinho <3
ResponderEliminarconsegues trazer sempre algo de delicado na forma como descreves primaveras de lágrimas, e isso faz o coração apertar mais.
ResponderEliminaralgo me diz que será, obrigada
ResponderEliminar"Porque ela queria odiá-lo, mas de tanto o querer, amava-o sempre que o Sol se punha." ela amava-o quando o sol se punha e qual o sol nascia, mas usava o ódio para esconder-se. só ficava pior assim, e acho que ela sabe disso.
ResponderEliminarque doce! obrigada :')
ResponderEliminarpara conseguir ser luz tenho de sair do escuro. irei fazê-lo. um dia.
ResponderEliminare depois há aqueles textinhos que são qualquer coisa de extraordinário!
ResponderEliminarsempre :')
ResponderEliminarobrigada :)
ResponderEliminarLinda e marcante.
ResponderEliminarmuito obrigada :)
ResponderEliminarObrigada :)
ResponderEliminarainda bem que sim.
ResponderEliminaraconteceu um problema e não vou poder manter a minha conta antiga. importei o meu blog e comecei tudo de novo, o blog é o mesmo, mas mudei o link e perdi os seguidores todos, por isso decidi falar com aqueles com quem tenho falado mais ultimamente, para me continuarem a seguir, se quiserem. beijinhos.
ResponderEliminarque lindo e marcante texto, adoroooo
ResponderEliminarobrigada!
ResponderEliminarr: não. é a realidade
ResponderEliminarProvavelmente não, mas acho que senti o que estás a sentir apenas por ler este pequeno texto!
ResponderEliminarhttp://ymaia.blogspot.pt/2013/06/a-praca-dos-desejos.html - Lê este pequeno texto. Também já me senti mesmo em baixo e ele ajudou-me, pode não ser muito, mas as palavras dele, simples e no entanto complexas, fizeram-me sentir melhor c;