domingo, 10 de março de 2013

Melodia

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Não sei o que sinto nem, tão pouco, a cor do meu coração. Sinto-me quente como não me sentia há séculos e repleta de alacridade que me preenche. Corpo e alma. Há dias, quando olhava nesta direção via nuvens sombrias e pássaros a cantarolar o ruído da tristeza, mas, agora, já só vejo doces magnólias e oiço o maravilhoso pipilar das aves. Tudo mudou. Aí vem ele, trazendo consigo uma expressão de felicidade capaz de ser sentida do outro lado da cidade e os seus atacadores do pé esquerdo desabotoados - o habitual. Corri na sua direção e os cabelos esvoaçaram-me para as costas, resultado da força do vento que se instalara. Ele olhou-me como quem canta poesia num olhar e eu dei-lhe um beijo no ombro descoberto. Abraçou-me tocando-me as costas e beijou-me até não poder mais. Sentámo-nos no banco de jardim, por fim, cansados de correr como duas crianças acabadas de sair da escola e doidas pela hora do lanche. Deitei-me sobre o seu peito e ali permaneci, a ouvir a melodia das cigarras até anoitecer. E, por alma do destino, a sinfonia dos nossos corações.

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